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Foto do escritorAnderson Meneses, CNPI

Turbulência para a Gol

A Gol Linhas Aéreas tem passado por grandes acontecimentos nas últimas semanas, enfrentando desde alta volatilidade nos preços do petróleo (que representa cerca de 40% de seus custos) até encerramento de parcerias com outras empresas.


Após um grande ataque por drones no dia 14 de setembro que impactou 5% da produção de petróleo mundial e causou uma disparada nos preços da commodity (+14,61%), a ação da Gol refletiu imediatamente o impacto financeiro previsto através de uma queda de 7,77% no preço das ações da cia aérea em um único dia.

Gráfico de preço do Petróleo WTI

Diante do abalo significativo em suas ações na bolsa de valores, a empresa se prontificou em acalmar o mercado, comunicando que possui como política realizar operações de hedge (proteção contra variação nos preços) para um período de pelo menos 12 meses. Portanto, o impacto fica limitado, pois a companhia já tem mais de 80% de cobertura para o quarto trimestre de 2019, e mais de 50% para 2020.


Como resultado, além da estabilização dos preços do petróleo Brent em US$ 64, as ações recuperaram boa parte do declínio, subindo 5,5% e voltando ao patamar de R$ 34.


Quando tudo parecia sob controle, a Delta Air Lines anunciou na última quinta-feira (26 de setembro) a compra de 20% da LATAM (concorrente direta da Gol) por US$ 1,9 bi, e abandonando consequentemente a parceria com a Gol. Mais uma vez as ações sofreram queda significativa (6,51%), ainda que a parceria, segundo a empresa brasileira, seja responsável por apenas 0,3% de sua receita.

Gráfico de preços da ação da Gol (GOLL4)

Entretanto, a preocupação dos acionistas parece ir além do impacto na receita, sendo centrada nos 12,27% de ações da Gol que a Delta possui e precisará se vender no mercado (causando uma possível queda nos preços, dada a grande oferta).


Por outro lado, a American Airlines possivelmente perderá a parceria com a LATAM, precisando buscar uma nova aliada comercial no Brasil, criando oportunidades para a Gol, que espera entregar aos seus acionistas um Lucro por Ação entre R$ 1,20 e 1,60 em 2019 e de R$ 2,00 a 2,50 em 2020, conforme guideline fornecido pela empresa.

 

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Disclaimer: Todos os valores e justificativas apresentadas nessa publicação são baseadas em informações divulgadas publicamente pela empresa em seu site de relações com investidores. Sendo uma publicação de caráter informativo, este conteúdo não configura recomendação de compra ou venda para as ações mencionadas. Reiteramos nossa orientação de que o investidor amplie seu conhecimento antes de tomar uma decisão a respeito de qualquer ativo.

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