A convite do Instituto Empresa estamos iniciando hoje uma série de publicações relacionadas à ESG, com foco na questão de Governança e seu impacto no desempenho financeiro das empresas listadas na bolsa de valores.
Muito se fala à respeito de ESG (Environmental, Social & Governance), mas pouco se foca no G, relativo à Governança das empresas. Ainda que haja um nível de governança que classifique as empresas listadas na bolsa de valores, há uma subjetividade neste tópico que merece ser explorada.
Afinal, o que engloba o "G" no ESG?
O "G" em ESG refere-se aos fatores de governança da tomada de decisão, desde a formulação de políticas soberanas até a distribuição de direitos e responsabilidades entre os diferentes participantes das empresas, incluindo o conselho de administração, gerentes, acionistas e partes interessadas.
É extenso o número de corporações a serem examinadas por sua falta de responsabilidade e supervisão da liderança, bem como por fortes conflitos de interesse entre partes relacionadas. A ausência de controles internos básicos, além da supervisão inadequada de CEOs e outros executivos seniores, tendem a comprometer a qualidade de uma governança.
Recursos que deveriam proteger os interesses dos acionistas (tais como conselhos independentes e auditorias externas) eventualmente têm falhado em sua missão. Como consequência, infelizmente, resta ao investidor e ao analista de valores mobiliários a observância da qualidade na governança corporativa.
Qual o impacto da ausência de uma boa Governança?
Além do evidente impacto na queda da reputação das empresas que tende a afastar investidores, há uma evidente ligação entre boa qualidade na gestão e bom desempenho financeiro.
Em 2014, um relatório da Universidade de Oxford e Arabesque Partners analisou cerca de 200 estudos para avaliar como as práticas corporativas sustentáveis podem afetar o retorno do investimento. 88% da pesquisa mostrou que práticas sólidas de ESG resultam em melhores desempenho das empresas e 80% dos estudos mostram que o desempenho do preço das ações das empresas é positivamente influenciado por boas práticas de sustentabilidade.
Importante observar também que, apesar de poder trazer surpresas negativas de curto prazo, uma governança de baixa qualidade tende mais a afetar os resultados de longo prazo de uma empresa, do que seu próximo trimestre.
Entender (e acompanhar) o fator governança é crítico para qualquer investidor que busque uma alocação de investimentos saudável a longo prazo. Na Alkin Research, esse fator é primordial em nossas análises e publicações.
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Disclaimer: O analista responsável por esta publicação, assim como a Alkin Research, não possuem qualquer vínculo com o Instituto Empresa. Sendo uma publicação de caráter informativo, este conteúdo não configura recomendação de compra ou venda para qualquer valor mobiliário. Reiteramos nossa orientação de que o investidor amplie seu conhecimento antes de tomar uma decisão a respeito de qualquer ativo.
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