Após emitir um alerta de atenção para o estado de saúde da Rainha Elizabeth II no começo desta quinta-feira, o palácio de Buckingham confirmou nesta tarde, a morte da Rainha mais longeva da história do Reino Unido, aos 96 anos.

Foram 70 anos de reinado, onde a Rainha Elizabeth II teve uma relação diplomática com mais de 12 presidentes americanos e 15 Primeiros Ministros britânicos.
Ainda que esperada diante da idade avançada da Rainha, a notícia chega em um momento de grande instabilidade para a Europa.
O Euro já vale menos do que o Dólar, a Libra Esterlina está no seu menor patamar em relação ao dólar americano desde 1985, negociado a US$ 1,15.

O que acontece após a morte da Rainha Elizabeth II?
Além do cerimonial e da burocracia da transição, que deve ter os holofotes da mídia nos próximos dias, a atenção fica para o que será da economia do Reino Unido nos próximos dias, meses e anos.
O Brexit, que separou o Reino Unido do restante da União Europeia, já foi um evento que trouxe grande instabilidade e incerteza sobre o futuro do país.
Agora, o a morte da Rainha Elizabeth II, fica até mesmo a incógnita sobre a continuidade da Monarquia Britânica e a sua influência sobre a economia mundial.
Quem será o novo Rei?
De forma automática, o reinado passa para o sucessor da Rainha Elizabeth II, seu filho, Charles 3º, que já está com 76 anos.

Não há muitos detalhes sobre como será a condução de Charles 3º, principalmente por um evento recente que já prometia mudar a economia britânica:
A chegada de uma nova Primeira-Ministra, que será a terceira mulher a ocupar o importante cargo após Margaret Thatcher e Theresa May.

Liz Truss tomou posse há poucos dias, em substituição a Boris Johnson, que havia se envolvido em alguns escândalos que culminaram em sua saída.
Truss faz parte do partido conservador britânico, o que deve permitir medidas com baixos impostos, redução nos gastos do governo e liberdade econômica.
Mas com a morte de Rainha Elizabeth II, Liz terá um grande trabalho com Charles para tirar o Reino Unido de uma das maiores inflações das últimas décadas.
A conta de energia disparou, com o preço do gás natural chegando a mais de 7x o valor que era observado em 2019. Imagine você pagar R$ 100 em uma conta de energia, e agora ter que pagar R$ 700? A conta não está fácil!

Para conter o avanço, a Primeira-Ministra anunciou um pacote bilionário para colocar um teto no preço de energia, que agora será de no máximo US$ 2.880 por ano (cerca de US$ 240/mês), o que ainda é bem alto, mas ainda menor do que o patamar de US$ 3.086 atingido recentemente ( US$ 257 / mês).
Nos próximos dias, o mercado deve repercutir diretamente sua percepção de instabilidade na Libra Esterlina, que deve se desvalorizar até que o mercado veja o Reino Unido forte novamente.
Ainda que altamente improvável, um eventual fim da monarquia (diante da perda de força e influência com a morte de Elizabeth II), poderia trazer ainda mais instabilidade para a região, e incertezas para o mundo.
A Rainha Elizabeth II com certeza não deixa a Europa - e o mundo - em um momento nobre, mas com certeza deixa um grande legado.
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