Esta é uma semana intensa de indicadores para a economia americana.
Após a surpresa negativa com a inflação na terça-feira (13) que chegou a 8,3% no acumulado dos últimos 12 meses e fez a Nasdaq despencar mais de 5%, tivemos outro evento histórico.
Não é surpresa que o Federal Reserve esteja correndo para aumentar a taxa de juros americana com o objetivo de conter a alta de preços.
Mas isso traz grandes consequências.
O impacto do aumento da taxa de juros começa a afetar bastante o mercado imobiliário americano. Pela primeira vez desde novembro de 2008, as taxas de hipoteca de 30 anos atingiram o patamar de 6% ao ano.
O aumento do custo de crédito, combinado com uma alta de 28% no preço médio para comprar uma casa nos Estados Unidos, traz apenas um resultado:
Menos pessoas conseguem pagar por um novo imóvel. Com isso, há uma queda expressiva na demanda do mercado imobiliário.
O fantasma de 2008 volta a assombrar os investidores.
O cenário de taxas elevadas de hipoteca americana já começa a afetar as construções de novas casas Em julho, o nível de novas construções foi o menor desde o começo de 2021. Um forte sinal de desaceleração.
E se o cenário está ruim, ainda pode piorar.
A economia americana apresentou hoje alguns dados melhores que o esperado, e que de forma contraditória, trouxeram preocupação.
O primeiro deles foi o desempenho das vendas do varejo, que avançaram 0,3% na comparação mensal, ante uma expectativa de queda de 0,1%.
O segundo dado, divulgado às 09h30, foi o número de pedidos de seguro desemprego, em 213 mil, abaixo dos 227 mil esperados pelos investidores.
Mas se os dados foram melhores, por que isso seria ruim?
E o que isso tem a ver com o mercado imobiliário americano?
Com a economia aquecida, o Federal Reserve pode ser obrigado a ser ainda mais agressivo em seu aumento da taxa de juros em sua próxima reunião no dia 21 de setembro, o que poderia elevar, por tabela, ainda mais as taxas de hipoteca americana, causando um efeito dominó negativo sobre a economia.
Se nós teremos uma quebra no mercado imobiliário americano, como ocorreu em 2008, só o tempo, e a intensidade o aumento de juros nos EUA dirá.
A certeza por enquanto, é que o setor está bastante sensível, e com uma atividade cada vez mais reduzida, minando por consequência, o patrimônio e o sonho da casa própria de muitos americanos.
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