A MRV Engenharia (MRVE3 $13,66), maior construtora residencial da América Latina, anunciou hoje os resultados preliminares e não auditados de seu desempenho no primeiro trimestre de 2019 (1T19).
Dentre os destaques:
(-) Menor geração de caixa em 6 anos (-R$ 19 milhões) vs R$ 86 milhões no 1T18;
(-) Vendas líquidas de R$ 1,309 bilhão (-14,7% vs 4T18 e +6,0% vs 1T18);
(+) Unidades vendidas: 8.665 (+2,8% vs 1T18);
(+) Unidades produzidas: 9.880 (+24% vs 1T18);
(+) Distratos em queda, atingindo 1.146 unidades vs 3.384 unidades no 1T15.
Com resultado negativo em R$ 19 milhões, a sequência de geração de caixa que perdurava por 26 trimestres consecutivos deve ser quebrada após a divulgação dos resultados oficiais da empresa. De acordo com a prévia, o efeito negativo é decorrente do contingenciamento do orçamento dos recursos do programa Minha Casa Minha Vida durante o 1T19 e de um repasse de volume abaixo do potencial, como consequência do período de transição do novo governo.
Conforme divulgado pela construtora, a normalização iniciado em março deve contribuir para a retomada de geração de caixa a partir dos próximos períodos, tendo mitigado neste primeiro trimestre as baixas ocorridas em janeiro e fevereiro e contribuído para a consolidação de R$ 1,309 bilhão em vendas líquidas contratadas.
O aumento do número de unidades produzidas em 24% se deve, segundo a companhia, ao aumento da eficiência de seus canteiros através da redução do tempo de ciclo de produção, contribuindo para um maior giro do ativo e retorno dos projetos.
Seguindo uma curva de queda que permeia desde o começo de 2015, o número de distratos, apresentou redução de 38,15% ante o 1T18. O número resultou de grande contribuição do projeto Venda Garantida, onde a contabilização do negócio ocorre somente após a liberação do financiamento pelo banco ao comprador do imóvel, eliminando o risco de rescisão. Também por conta deste modelo, a MRV adiantou aos seus investidores que um volume substancial de vendas que ocorreram no 1T19 ainda não foram reconhecidas.
Com sólido market share no mercado de imóveis voltados para consumidores de baixa renda, a MRV deve ser amplamente beneficiada no longo prazo pela aprovação recente do programa Cadastro Positivo, uma vez que a medida sancionada pelo governo oferece maior transparência do histórico de adimplência da população. Dados do banco mundial sugerem que a implantação do cadastro aumente em 88% a taxa de aprovação de crédito e reduza a inadimplência em 43%.
Disclaimer: Todos os valores e justificativas apresentadas nessa publicação são baseadas na prévia divulgada pela empresa e não configuram recomendação de compra ou venda. Reiteramos nossa orientação de que o investidor amplie seu conhecimento antes de tomar uma decisão a respeito de qualquer ativo.
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