Ela já chegou a R$ 5,85 em 2020, foi para R$ 4,60 em 2022 e agora está novamente em queda. Afinal, pra onde vai a moeda americana?
Chegou a hora de você comprar dólar?
Não importa se você quer saber pra investir, viajar, contar pros amigos ou apenas por curiosidade.
O dólar impacta a nossa vida de todas as formas e você precisa se preparar e entender o que está acontecendo com a moeda americana.
Então se você quiser saber o que está acontecendo com o dólar e entender se agora é a melhor hora de comprar ou vender, leia esse post até o final.
Como está o dólar hoje:
Hoje dia 08 de abril de 2022 o dólar está sendo negociado a R$ 5,06. A moeda americana chegou a ser negociada a R$ 4,97 por cerca de 2 horas ao longo do pregão de 5 de fevereiro, mas logo voltou a subir.
Por que o dólar é importante:
Muita gente fala: "Ah eu não invisto, não estou nem aí". Mas o dólar impacta desde o bilionário que está comprando um Yacht até você comprando seu pão na padaria.
O dólar é importante porque impacta em todos os componentes importados que entram no nosso país. Então se pra fazer o seu pão ou a Nutella que você come assistindo Netflix, existe algum componente importado e o dólar aumenta, o produtor vai inevitavelmente repassar o aumento de custo para o preço de venda, e você vai pagar essa conta.
Esse exemplo explica muito bem inclusive o quanto que um dólar comportado ajuda no controle da inflação.
Imagina o quanto seria a nossa inflação se nos próximos meses o dólar fosse de repente para R$ 7,00. Facilmente a gente teria o IPCA que está hoje em 5,6% voltando para acima de 10%.
Quem manda no dólar?
Por que simplesmente não abaixam o dólar pra R$ 1 e todo mundo fica feliz?
Não é tão simples assim. E um dólar alto não é totalmente ruim pra nossa economia. Pode atrapalhar as suas férias para a Disney ou Nova York? Pode. Mas nós somos um país muito exportador.
Em 2022 foram US$ 334 bilhões em valor exportado contra US$ 272 bilhões importados. Então imagine se o dólar por um acaso voltasse a R$ 1, o quanto isso não afetaria a nossa economia negativamente.
Por mais que o Banco Central tenha alguns artifícios para tentar controlar a cotação, não é uma escolha arbitrária. São mais de 100 variáveis que acabam impactando a moeda americana. Abaixo, destacamos as principais.
O que impacta o dólar:
1) Balança comercial, o saldo quanto um país exporta ou importa;
2) Gastos no exterior
3) Perspectivas de crescimento e de inflação de cada país
4) Risco político
5) Mas principalmente: A diferença entre a taxa de juros EUA x Brasil.
O dólar vai subir ou cair?
O que deve definir o dólar no curto prazo, além desses outros 100 fatores, é principalmente a diferença entre a taxa de juros americana e aqui no Brasil.
Apesar de ser um tema um pouco complexo, imagine o seguinte Cenário hipotético A: A taxa de juros americana em 2% e a taxa de juros no Brasil em 12% a.a., certo?
Então para o gringo investir no Brasil, ele tem um adicional de 10%, o que incentiva um certo número de investidores a colocar dinheiro no Brasil, comprando nosso Real, fortalecendo nossa moeda, e fazendo o dólar cair.
Mas imagine agora um outro Cenário B, onde temos uma taxa americana a 5% a.a. e a taxa no Brasil em 10% a.a. Nesse caso, o ganho adicional que o gringo tem a investir na renda fixa no Brasil é de 5% (10% - 5%), certo?
Como é um adicional menor do que no cenário A, no qual essa diferença era de 10%, inevitavelmente teremos menos investidores americanos mandando dinheiro para o Brasil.
Por mais que ainda seja um rendimento maior, muitas vezes não compensa pelo risco político, burocracia, liquidez e volatilidade da moeda.
Por isso esse diferencial não só precisa ser positivo, mas também atrativo.
Hoje a nossa taxa de juros Selic está em 13,75% (vs um intervalo de 4,75% a 5,00% para a taxa americana). Só explicando aqui que os americanos não possuem um número específico, trabalhando sempre com um intervalo.
Então, se o nosso Banco Central cortar mais os juros e o Federal Reserve aumentar a taxa nos EUA, o que vai acontecer? Essa diferença vai diminuir, e vai ser menos dinheiro vindo para o Brasil, menos demanda pelo Real e a moeda americana subindo.
Por aqui, a perspectiva é de corte da nossa Selic, que aqui na Alkin Research acreditamos que ocorra na reunião de 2 de agosto. Por outro lado, nos Estados Unidos, há 14% de chance de um corte na reunião de 26 de julho.
Tudo vai depender da velocidade dos próximos cortes, mas diante das circunstâncias atuais, há a expectativa do mercado de que o dólar termine 2023 em R$ 5,25, acima da cotação atual.
Aqui na Alkin Research, infelizmente, também não vemos o dólar sustentavelmente abaixo de R$ 5. Entendemos que é bem mais provável ter a moeda americana voltando para R$ 5,50 do que indo para R$ 4,50.
Mas essa é a nossa visão de mercado, o que não impede de estarmos errados e acontecer algo diferente. Mas tenha certeza de que é uma visão de quem acompanha o mercado 19 horas por dia, 350 dias por ano, analisando de perto todas as variáveis.
Então se você quer viajar ou investir no exterior, essa pode ser uma boa oportunidade. Mas a melhor estratégia sempre vai ser investir de forma gradual, sem comprar tudo de uma única vez. Assim você se protege tanto na alta, quanto na baixa.
E se você quiser ter acesso às melhores recomendações pra investir na bolsa americana, eu vou deixar esse link super especial.
Assista também ao vídeo abaixo, com a análise completa sobre o dólar:
Na hora de saber onde investir,
Escolha a Alkin Research.
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